HISTÓRIAS DA BOLA !!!!!

QUE FHC QUE NADA ! NAMORADOR MESMO ERA O JANGO, QUE SÓ PERDEU PARA O GARRINCHA, E MESMO ASSIM, POR "ALGUNS CENTÍMETROS"...

       Na semana em que a jornalista Mirian Dutra resolveu falar o seu relacionamento com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, vieram à tona, ao natural, outros casos "extra-conjugais" de ex-presidentes do Brasil. Do "insaciável" Dr. Getúlio Vargas, até o "taradismo" de Itamar Franco, nem os "presidentes militares" escaparam. Relembrou-se do caso do general João Batista Figueiredo com uma socialite carioca, nos anos 70, ainda, e até uma "cantada" que o sisudo Garrastazu Médici deu numa mocinha de Pelotas, ao desembarcar no aeroporto da cidade, no início dos anos 70. E isso que a imprensa deu uma "aliviada" no ex-presidente Lula e seu "affair" com a Rose Noronha, que todo mundo comenta "à boca miúda", ou nem mais "tão miúda" assim.

        Dentre todos estes, um dos que mais "curtiram amor em terra estranha", como diz o Haroldo de Souza, foi o gaúcho João Goulart. Jango, era o que se pode chamar de de "namorador" nato. Bom de papo, galanteador incorrigível e poderoso, este "sãoborjense", não deixava a bola passar na pequena área: Metia pra dentro, mesmo.Também era o caso de Garrincha. Mas esse, tinha por ofício essa prática, né ? "Meter a bola pra dentro". Era um "profissional" do futebol, bem como das "lides amorosas".
          Pois uma situação, colocou numa disputa por uma "percanta", estas duas importantes figuras: O político João Goulart, o Jango, e o craque de bola, Garrincha, o Mané, que de Mané não tinha nada, pelo menos nas quatro linhas. E nos lencóis também, diga-se de passagem.

         Final da década de 50. cidade do Rio de Janeiro, então capital da República. Garrincha recém tinha se sagrado campeão mundial na Suécia pela seleção brasileira. João Goulart, que fora juvenil do Internacional, no final da década de 30, quando veio estudar na capital gaúcha, e morava no Hotel Magestic, onde fica, hoje, a Casa de Cultura Mário Quintana, não dera sequencia a carreira. E nem sonhara com isso. Sempre quis mesmo concluir o curso de Direito e seguir na carreira política. Enquanto Garrincha era um craque consagrado, Jango, era nada menos do que o vice-presidente do país,um pouco ofuscado,e bem verdade, pelo talentoso presidente Juscelino Kubitschek.
Ambos, Garrincha e Jango, faziam enorme sucesso com as mulheres naquele final dos anos 50. Cada um ao seu estilo. E os dois, com uma indisfarçável predileção pelas vedetes, que populavam nos Teatros de Revista, sucesso absoluto de então..

       Uma, em especial, era a preferência de ambos e por isso, motivo de disputa. Tratava-se de Angelita Martinez, vedete, atriz e também cantora, tendo gravado, no entanto, somente algumas marchinhas carnavalescas, a principal delas, aliás, homenageando Garrincha, o que deve ter aumentado o ciúme de João Goulart. Dona das pernas mais torneadas na "Cidade Maravilhosa", Angelita recebia em seu apartamento, na Praia de Copacabana, a visita de ambos- e diziam as más línguas, de muitos outros, todos poderosos ou, pelo menos, famosos-.
Em relação aos dois que disputavam a "titularidade" daquele "corpaço", tinham dias certos para a visita. Garrincha, segundas e quintas, sempre depois de dias de jogos, como se "concentração" fosse empecilho capaz de barrar o "Anjo das pernas tortas" de alguma incursão noturna. Já João Goulart, ia nas terças e quartas, já que, como todo "homem casado", e ela estava recém casado aliás- casou-se com a belíssima Maria Tereza Goulart, a Tetê, em 1956, para os entendidos, a "mais bela primeira-dama que o Brasil já teve- tinha que estar em casa nos finais de semana pelo menos.
Mas eis- que, nosso então vice-presidente, que gostava de entornar o caneco, ou um bom uísque, certa vez, ou por engano, ou por ciúme mesmo, pois a relação de Garrincha com a vedete era quase pública, ao contrário da sua, chegou no chatô da moça no dia e na hora errados. Bateu na porta e ouviu que havia alguém lá dentro, à julgar pela algazarra.
         Diante do quadro que se apresentava e do nível etílico em que se encontrava, e pela segurança que sua condição lhe dava, não mensurou o fiasco que seria e as manchetes que o ato tresloucado poderia dar. Indignado, meteu o pé na porta e invadiu o apartamento de revólver em punho. Só viu uma bunda meio bronzeada sumir pela janela. Ainda bem que o apartamento era de térreo.
Mais calmo, depois, e recebendo afagos e explicações de Angelita, Jango fez uma pergunta que jamais um homem deve fazer para uma mulher, ainda mais se for a amante e se o concorrente for alguém "dotadíssimo" de qualidades, em especial anatômicas, como as de um Garrincha:
          - Angelita, o que ele tem que eu não tenho. O que essa tal de Mané tem mais do que eu, Angelita. Me responda ?
          E ouviu a resposta que permitia dupla interpretação.
          -Apenas alguns centímetros, Jango, apenas uns centímetros.
           Jango era um homem de 1.72 por ai. Garrincha, um pouco maior. Bom, talvez a "centimetragem" propalada pela vedete não tenha sido neste quesito, vai saber... Da fama de Garrincha todos sabem, mas o verdadeiro teor da resposta de Angelita Martinez nunca ficou-se sabendo. E nem João Goulart quis mais detalhes né... Há coisas que é melhor nem serem esclarecidas, não acham ?


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Rogério Bohlke