terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

HISTÓRIAS DA BOLA !!!!!!!


O INUSITADO MOTIVO PELO QUAL A ABELHA É A MASCOTE DO JANDAIA-PR


       A escolha de um mascote para clubes de futebol no Brasil, ao contrário do que se pode inferir, é uma prática que sucede a dos hinos. Embora o veículo rádio, que foi  e é, ainda, o canal para a veiculação dos hinos e outras músicas relacionadas aos clubes esportivos de futebol,  seja, como se sabe, posterior, e bem posterior ao jornal, somente depois, uma década, mais ou menos, é que os jornais começaram, de uma forma mais intensa, a reproduzirem, e desta forma, incentivarem, a criação de mascotes dos clubes.       Apesar de não haver a facilidade de hoje para uma gravação nos anos 30, tal qual houve com as marchinhas carnavalescas, as letras impressas, eram distribuídas aos aficionados, permitindo a fácil memorização dos hinos. Isso nos anos 30. No final dessa década, início da outra, os jornais "se deram por conta" que precisavam, também, ter algo que representasse a paixão dos torcedores. Surgiam assim os mascotes, imortalizados pelos "desenhistas/chargistas" de então.       O motivo pelo qual uma personagem era adotado por um clube, variava intensamente. O Saci Pererê, do Inter, pela malandragem, pela malemolência de alguns dos seus jogadores, o Índio Xavante, do Brasil, por que, num Bra-pel de 1946, seus torcedores se comportaram tal qual esta tribo indígena, que , na época, estava em conflito com homens brancos na disputa de terra, no Centro-Oeste Brasileiro. O bacalhau, da Portuguesa de Desportos, pela ligação óbvia, do clube, com a colônia lusitana, e por ai vai...       Mas há casos bem inusitados. Vamos contar um deles. Trata-se do pouco conhecido Jandaia Esporte Clube, fundado em sete de maio de 1961, em Jandaia do Sul, no norte do Estado do Paraná. Pois o clube que mandava seus jogos no Estádio Hermínio Vignoli, na rua Clementino Puppi, uma acanhada praça de esportes, com capacidade para 4.000 torcedores, tinha como uniforme,  camisas com listras verticais em branco e amarelo, calções preto se meias listradas.       A mascote do Jandaia é a  Abelha, mas não pela cor e sim por uma situação bem atípica, até hoje comentada na região. Tudo aconteceu após um jogo do Jandaia contra o Atlético em Curitiba em 1972. No 2o. tempo, quando o Jandaia perdia por 6x0, de repente, o árbitro e todos os jogadores se atiraram a solo, e a torcida demorou alguns segundos para perceber de que se tratava: Tratava-se de um ataque de abelhas africanas.       Após gritos, urros, e "tapas em todas as direções", o jogo foi adiado. Não houve como dar sequencia ao espetáculo porque os bombeiros só espantaram as abelhas quando já estava anoitecendo e o Estádio da Baixada, do Atlético, na época, não tinha iluminação.       O caso ganhou fama no Paraná e os jandaienses resolveram adotar a nova mascote. A partir daí, mudou o uniforme e o escudo para amarelo e preto. O detalhe curioso é que, na realidade, as abelhas africanas são apenas pretas, sem amarelo, mas prevaleceu o estereótipo de que todas as abelhas são amarelas e pretas.       Hoje, passados 44 anos deste episódio, os torcedores do Jandaia deveriam agradecer as abelhas. Poxa, se já tava 6x0, no começo da etapa final, quanto este jogo não teria terminado se não fosse essa invasão de abelhas ???       O Jandaia, ao longo da sua história, foi Campeão Paranaense da Segunda Divisão três vezes (1966, 1969 e 1999). Depois de licenciar-se do profissionalismo, passou a disputar o campeonato Amador da Liga Desportiva de Maringá, conquistando-a sete vezes, a última delas em 2009. O principal jogador da história do Jandaia foi o atacante Servilho ,artilheiro do Paranaense de 1967 - não se trata daquele que jogou no Palmeiras- com 12 gols.       Mesmo desativado  o "Amarelinho do Vale", como era chamado, ainda está entre os clubes que mais títulos paranaenses da segunda divisão possui, junto com o Londrina, Paranavaí e Iguaçu de União da Vitória.



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Rogério Bohlke

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